domingo, 30 de janeiro de 2011

Batismo

O batismo é o primeiro e mais importante dos sacramentos, pois é a porta de entrada para o recebimento das bênçãos Divinas e dos demais sacramentos.
De acordo com o dicionário Aurélio o termo batismo vem do grego “baptismós”, que significa “mergulhar” e em latim é baptismu. É um rito de passagem presente em vários grupos religiosos, feito normalmente com água através da imersão do iniciado (nas igrejas evangélicas e protestantes) ou da efusão ou aspersão (na igreja católica), quando a água é jogada sobre a cabeça da pessoa. A origem deste sacramento é tão antiga quanto a humanidade e todos conhecemos a passagem do batismo (por imersão) de Jesus por João Batista.
Como em tantas outras religiões também a umbanda possui este ritual. Sendo uma religião cristã realiza o batismo como forma de proteger seus filhos contra o mal e a negatividade e na criança reveste o espírito e o mental da mesma com uma aura protetora semelhante à proteção divina que o espírito recebe ao reencarnar. Este ritual pode usar a forma de aspersão, quando é realizado no terreiro ou a imersão, quando feito na cachoeira, lugar de maior vibração de Oxum, mãe e protetora de todos os filhos de umbanda e senhora das águas doces. Em alguns terreiros o batismo pode também ocorrer na praia, sendo então os filhos consagrados a Yemanjá.
No batismo de médiuns, são indicados, pelo filho neófito, padrinhos que tanto podem ser guias ou Orixás, que assumem o amparo divino do afilhado juntamente com o Orixá de frente e o Orixá juntó, que são representados por seus médiuns na hora da consagração, como também podem ser outros irmãos que deverão assumir a responsabilidade de orientadores do afilhado na umbanda, juntamente com o sacerdote, como se fossem seus segundos pais.
Seu ritual envolve além da água, ervas, pemba e velas. A água usada é normalmente de cachoeira e tem o simbolismo da limpeza, da purificação, sendo jogada ou aspergida na cabeça do batizando, na altura do chakra coronário para que seja ativada sua ligação com as forças de Oxalá. No batismo de crianças a vela batismal deverá sempre ser levada e guardada pela mãe, pois é o símbolo da Luz Divina e deverá ser acesa sempre que necessário, posta sobre a cabeça da criança e de preferência às suas costas. O campo imantador da própria criança começará a se abrir e a criar a proteção e a limpeza necessárias. Como em todos os rituais de umbanda, a cerimônia é permeada por pontos de louvação específicos. No mais, cada chefe de terreiro dará suas instruções para o ritual, pois que este depende ainda da linha e da falange que comanda a casa umbandista e sua forma de trabalho.
A pemba representa Oxalá, sincretizado por nós como Jesus Cristo e com ela seremos cruzados confirmando com este sinal cristão a acolhida deste filho à família umbandista. O incenso representa a energia de proteção e irradiação de Iansâ; o fogo representa Xangô, senhor da justiça, e ainda a luz interior de cada um; o sal representa a proteção de Ogum, a preservação da vida; o dendê representa Oxossi, cuja unção significa as bênçãos do Pai sobre seus filhos; as ervas representam tudo dentro dos trabalhos de umbanda; nada se faz sem ervas que representam a natureza e onde se manifesta toda a energia do ritual que se está realizando; as pétalas de rosa branca representam também Oxum, que lhes dá a benção e seu abraço e carinho por todos nós. Finalmente Obaluayê virá doutrinar esse filho no caminho do bem e da responsabilidade, com sua bondade e carinho dos velhos espíritos

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