A figura sacerdotal do Pajé (nome tupi guarani) estabelece a intermediação entre os homens e os espíritos ancestrais. Exercendo ainda a função de curandeiro. evidenciando assim, a crença de que as doenças físicas são causadas
por influências espirituais. Essas influências espirituais, para o mal e para o bem
são fortemente marcadas nas culturas indígenas.
E após o período de aculturação sofrida pela imposição do cristianismo e da quase que total extinção de nossos irmãos, o retorno às raízes naturais e ancestrais é um movimento silencioso e constante em todo o mundo.
A doença é entendida como uma saída temporária da alma, enquanto que a morte, seria a saída definitiva.
Outro elemento essencial à elevação espiritual, é a coragem; os covardes, os que não defendem os seus e a sua terra, não são merecedores de ingressar no mundo sem mal, ficariam presos à sua alma animal, vagando pelos cemitérios.
A religião indígena é estreitamente ligada à natureza, à terra e tudo o que é proveniente dela, incluindo o mundo animal (a alma animal)
Os pajés atuam nesse contexto como mediadores entre o sobrenatural e os humanos, seriam eles mesmos, humanos com poderes sobrenaturais; aptos à predizer o futuro, dominar de certa forma, mediante à ritos, os fenômenos da natureza, comunicação com toda o tipo de espíritos, cura do corpo e da alma, conselheiros pessoais e tribais.
Ocupam posição de alto status e em tempos remotos, eram poupados de irem às guerras.
Durante a pajelança, ele entra em contato com espíritos desencarnados, que seriam os responsáveis pelos males causados aos doentes, à fim de afastá-los e promover a consequente cura.
Essa figura, quase que mitológica vem ressurgindo e se popularizando
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